17/04/2009

Limite

O que fazer com aqueles dias que subtraímos do total da vida 24 horas de possível felicidade?
Claro que nunca ninguém disse que seria fácil e, ainda bem: o ser humano ainda não é tão mentiroso assim. Mas também ninguém disse que o suposto impossível seria alcançado várias vezes e os limites se tornariam cada vez mais largos, ao ponto de você se perder e nunca mais conseguir achar as beiradas do limite, que expande, expande, expande ao ponto de você não saber mais até onde deve continuar ou parar.
Limite é a questão.
Como você sabe onde começa o seu limite? Eu gostaria de ter um painel no meio da testa, onde uma luzinha começaria a piscar quando o meu limite tivesse sido alcançado, como acontece com o carro quando a gasolina está acabando. Eu gostaria de ter neste painel, como no painel do carro, outras luzinhas: uma que indicasse quando estou terminantemente triste para que alguém viesse com apenas 3 dedos da mão menos inteligente (normalmente a esquerda) e fizesse um cafuné, que durasse nem que fosse 20 segundos tranqüilos; outra que piscasse para indicar quando estou doente e quando esta luzinha piscasse alguém chegaria perto de mim e perguntaria se eu quero uma pastilha pra garganta; e outra para indicar "quer e precisa de silêncio e privacidade sem culpa".

É por isso que as coisas para mim não dão muito certo: eu quero coisas difíceis.