02/05/2009

Um minuto de silêncio por uma morte de decepção.

Um silêncio morno e já sem contestação destituiu o sorriso e desbancou as palavras.

Palavras são ornamentos desesperados para amortecer a crueza do que não pode ser mudado.
Palavras de variadas densidades, formatos e texturas, concatenadas e precisamente manipuladas, formam todo um complexo crível à priori, mas incrível quando submetidas ao silêncio dos fatos.
Todas as palavras desejam desde sempre ser tão importantes quanto a própria realidade, muito embora nunca consigam ser bem sucedidas. Pela frustração do insucesso, as palavras se aprimoram e se tornam gracejos, dubiedades, persuasão, sedução, drama. Apesar da sofisticação, as palavras não são nada, senão o desejo frustrado de serem tão poderosas quanto os fatos. Estes são soberanos.


Cor-de-rosa é só o giz de cera com o qual pintamos os sonhos, com o qual nos enganamos.
Diferente dos sonhos, a vida é em preto e branco, preto no branco, fatos sobre fatos.














































































"Silêncio... é madrugada."














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